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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2018

Dos idos de Fevereiro

Eram os cabelos que desciam pelo tronco em forma de S, contorcendo-se em sintonia com o corpo dela que pairava sobre o seu, até acordá-lo do seu torpor fascinado, com as pontas do cabelo a chicoteá-lo apenas com um manear de cabeça solto e determinado. Era o modo como ela derrapava sobre ele, subtilmente mas com certeza, lhe segurava os pulsos enquanto lhe apertava as pernas pela cintura, e aninhava devagar, aos poucos, os dedos nos dedos dele, repousando mão contra mão à medida que lhe dava acesso a ela. E ele ganhava-a; por momentos o controlo mudava de dono quando ela vagueava livre, totalmente entregue ao vazio do prazer. Nada mais interessava. O beijo poderoso dele trazia-a à realidade, o domínio dele nela mergulhava-a noutro remoinho e  ela rodopiava nos lençóis com determinação, força e gemidos. Mas o tom, esse era pautado por ela. Pela resposta despudorada, o calor que se lhe soltava do corpo a pulsar, o gostar sem vergonha do cheiro, do barulho, do suor.

Do segredo que destruiu

Todos temos segredos. Alguns nem sequer pensamos neles de tão recôndita é a sua existência na nossa profundeza e silenciosa obscuridão.  Outros são pedaços avulso da nossa vida, lembranças que foram ficando de momentos em que libertámos energia. São nossos. Podemos ter partilhado com outros mas o impacto, o abalo, a satisfação, a penitência, o peso desse histórico é apenas nosso e de mais ninguém. Há sempre um segredo que tem mais força sobre nós. Que nos esmaga o discernimento, a respiração, pelo qual questionamos tudo, onde vamos, se abandonamos tudo, se corremos riscos ou ficamos inertes no que é nossa realidade. O meu segredo és tu. Toda a revolta que um dia minaste em mim, as sucessivas vagas de insatisfação que deste azo, a incapacidade de sentir com a mesma força, entrega, inocência, e imensa habilidade de acreditar, natural. Contigo destruí tanto em mim. A imediatez cresceu para o calculismo. O brilho afectuoso foi ultrapassado pela pérfida da tesão. Cre

Do arrebatamento

O vestido caiu facilmente. Estava apenas preso pelas alças nos ombros magros e deslizou com vontade declarada pelo corpo, até ao chão, enquanto ela acendia uma única luz de presença. Beijou-lhe o ventre. Sentiu-o a tremer. Antecipação. Expectativa. Sentia-lhe o calor sem sequer tocar. Era como uma fonte inesgotável de desejo prestes a desmoronar-se com um toque. Os dedos enfiaram-se entre a pele e a linha das cuecas de renda fazendo-as sair com mestria. Estava liberta, da máscara de tecidos, não das demais camadas de protecção. Tal não a impedia de arfar baixinho e com satisfação sob um rosto que perdia vergonha a cada caída da cabeça para trás. Nua, encostada à parede fria, costas arqueadas, totalmente exposta viu-a a desmontar-se com cuidado ao primeiro beijo que se colou à boca como dali não houvera saída. Era intenso, forte, penetrante o modo como ela o arrastava para si com a língua e uma perna em torno da cintura. Todo aquele momento era primário, selvagem

Missing you, missing us

I miss talking to you. Miss you making me laugh. Miss you touching me. Miss kissing you. Miss having you turning me on even at a distance.  Miss feeling dirty, horny, and close to you. Miss the random conversations. Miss falling asleep in your arms and running from you in the rain.  I miss been held strongly and devoured intensely. Miss having you in me, being torned while moaning, sweating without guilt. I miss being thrown in bed as a light feather and just lose conscience about everything else except you, your eyes always making me feel naked, your hands in all of me without shame. I miss scream in pleasure and fall lost, silence, satisfied and wanting more and more. I miss the way you leave me abandoned to myself as I come with no holding back and feeling your smell. I miss you.