Avançar para o conteúdo principal

Totalmente politicamente incorrecto, mas não me calarei!

Lembro-me de há uns anos ler numa revista daquelas à séria uma entrevista a um reputado ginecologista / obstectra brasileiro (daqueles mesmo famosos) que dizia que a Natureza era particularmente cruel com a fêmea e que o parto, na sua forma "natural" era uma violencia para a femea e para a cria. E dava exemplos de animais cujos processos de parto são mesmo algo tremendamente doloroso e torturador. Escusado será dizer que este médico advogava coisas como a epidural ou as cesarianas, para as mulheres.

Passado uns tempos, num late zapping vi numa das edições de resumo do Big Brother dos Famosos um qualquer animal que eles tinham a parir (vaca, porca?) e juro que os 15 segundos que vi me deram pesadelos durante dias, tamanha era a violencia dos berros da pobre criatura em parto há dias!

Tudo isto para dizer que não entendo, jamais entenderei, a decisão (louca?) de uma apresentadora de TV, já com idade para gravidez de risco, em ter parto natural em casa...

Ok, a medicina parou no tempo?

É algum ritual de comunhão com a natureza (não nos esqueçamos que a Floribella falava com as árvores [agora fala (???) com Djalózinho, mas isso sao outros temas] e que passam 40 anos desde Woodstock pode ser uma forma de celebração)?

É querer ser diferente (adoptar crianças do 3º Mundo já está fora de moda?)?

Ah, é uma opção pessoal... ok, já entendi...

O que aconteceu é que essa opção pessoal se traduziu em 40 horas de parto -QUARENTA!!! - (bem feita), acabando a mãe na MAC para uma cesariana. Dada a sensibilidade da situação, deve ter passado á frente de outras que já lá estavam. Mas, ei, viva a opçao pessoal.

Em "n" partes do mundo, há mulheres que davam tudo o que tivessem e viessem a ter para conseguir um parto com menos riscos e menos dores e mais segurança para quem vai nascer. Esta gaja quis ser diferente. Há coisas que nunca vou entender. Juro!


PS. mães e futuras mães que achem lindo o parto natural de 40 horas, esqueçam, pois qualquer comentario que possam fazer NÃO me fará mudar de ideias. É uma idiotice. Sobretudo pelo sacrifico que imputa ao bébé.

Comentários

Eduardo Mata disse…
Eu diria mais, é uma verdadeira idiotice, mas o curioso disto tudo é que essas mesmas mulheres que agora aderem ou têm pretensão a aderir ao parto natural, são as primeiras a tomar um medicamento para dores de dentes, ou menstruais, ou dores de cabeça, ou outra dor qualquer... Com os avanços da medicina, não faz qualquer sentido!

A água também é natural no entanto muitas pessoas morrem afogadas! :-)

Mensagens populares deste blogue

a importancia do perfume e a duvida existencial do mês

Olá a todos advogo há bastante tempo que colocar perfume exalta a alma; põe-nos bem dispostos e eleva-nos o bom espírito. Há semelhança do relógio e dos óculos de sol, nunca saio de casa sem perfume, colocado consoante a minha disposição, a roupa que visto e o tempo que está. Podem rir-se à vontadinha (me da igual) mas a verdade é que sair de casa sem o perfume (tal como sucedeu hoje) é sempre sinal de sarilhos. nem mesmo umas baforadas à socapa no táxi via uma amostra que tinha na mala (caguei para o taxista) me sossegaram, ate pq não era do perfume que queria usar hoje. E agora voltamos à 2ª parte do Assunto deste email: duvida existencial do mês Porque é que nunca ninguém entrou numa loja do cidadão aos tiros, tipo columbine, totalmente alucinado dos reais cornos? É porque juro que dá imensa vontade. Eu própria me passou pela cabeça mas com a minha jeiteira acabaria por acertar de imediato em mim pp antes de interromper qq coisa ou sequer darem por mim. lembram-se de como era possív

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.

Os lambe-cus (MEC)

Os Lambe Cus, by Miguel Esteves Cardoso   "Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá- los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia. Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alun