... Porque estive em ansiedade total desde casa até chegar ao trabalho e perante outra luz ver que afinal os collants que vesti eram mesmo pretos e não, horror dos horrores, castanhos como me pareciam na paragem do autocarro e durante a viagem até ao escritório.
É que estava toda de preto e estava a dar-me uma coisinha má. Lá me tentei distrair com a Vanity Fair espanhola e o Cayetano Rivera Ordoñez mas só me tranquilizei quando outra gaja, tão doente como eu, me assegurou que as meias eram mesmo pretas. Devia ser dos óculos de sol misturados com o pouco sol matinal...
Foi o ponto alto do meu dia. Ah, o almoço foi bom, com belíssima companhia.
Mas estou mesmo certa que este tipo de agressividade matinal a que uma pessoa é sujeita porque tem um autocarro para apanhar às 8h20 é a razão de muitos problemas do mundo. É tortura.
Trabalhar já de si tem tanto fascínio como uma as sitcoms lusas da SIC (que más!!!!!!!!!!!!!!), a vontade é pior do que ir ao ginásio, é muito cedo, não há sol, mas os óculos são giros portanto usam-se, o dia adivinha-se aquela coisa cheia de glamour e interesse que nos faz quase querer ouvir Delfins, pois não pode ser pior ... e ainda por cima stress por causa de collants castanhos com vestido e botas pretas???!!!.
Ninguém merece!
Se temos que trabalhar e já que se sai às 9h da noite e trabalha-se em casa até à 1h a manha, não sei, o limite seria poder dormir até às 10h, vestir-me com calma, tomar tranquilamente pequeno almoço a ler qualquer coisa e depois sem drama de meias atirar-me às feras.
Pois, não! E ainda dizem que a lei é pró trabalhadores... Se calhar sou mesmo arraçada de Carvalho da Silva.
O Michael Moore fazia um blockbuster com a minha vida.
P.S. Vou dormir... tenho horários de empregada de limpeza cruzada com guarda nocturno.
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