É verdadeiramente gerador de urticaria emocional chegar a casa, até bem disposta e tal, e perceber que se calhar vivo numa residência académica ou montaram o cabrão de um bar universitário mesmo à porta do prédio, tamanha é a profusão de uma espécie de cruzamento de empregados de mesa com Batman, orgulhosamente envergando os seus trajes sob este calor, capa numa mão e cerveja noutra.
Tão estúpidos, benzadeus.
Mas com todo direito de praticarem a estupidez e a boçalidade derivada* da anuência das faculdades, dos limites intelectuais destes jovens, pais e professores, chateia, vá, aborrece, que venham marrar com a minha pessoa, até altas horas, e com efeitos sonoros elevados, no reduto da minha tranquilidade: casa.
Vão para o seu habitat, ide, ide. É que euzinha usei um traje, altamente adulterado dado o tamanho da saia (outros tempos!) por duas ocasiões, e num dos raros momentos em que na vida adulta acedi a fretes familiares de bom grado mas em total desacordo.
Mesmo assim, vestir-me com um cangalheiro de mini-saia não me transformou, sei lá, num membro de uma tuna, certo?
Pensei que viver perto de uma universidade tinha vantagens como fazer uma pós graduação (dá-me assim loucuras), ter transportes mesmo à porta (desde cá estou a sacana da Carris já me deu cabo de duas rotas), um sitio para tirar fotocópias de urgência... Mas isto? É pá, não me lixem!
*termo acarinhado por uma certa pessoa por quem nutro apreço. Não tenho culpa, a pessoa em questão vê a Casa dos Segredos. Sim, o meu apreço está em equação. Seriamente.
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