REPITAMOS:
Menos salário - menos poder de compra - menos consumo - lojas que fecham - empresas que reduzem negócio no mercado interno - mais emprego?
Pedro Passos Coelho prometeu falar sem rodeios e com realismo para cidadãos livres e responsáveis, mas encheu-se de rodeios porque, claro, não é fácil explicar o inexplicável: o Governo carregou nos trabalhadores, que, em 2013, sentirão um corte, todos os meses, no seu salário.
Pior do que a sobretaxa de IRS do ano passado, que comeu metade do subsídio de Natal, é este aumento da contribuição dos trabalhadores para a Segurança Social em sete pontos percentuais. Com esta medida, encapotada de justa e de equitativa, este Governo prossegue com a política de empobrecimento imediato de todos os portugueses. No próximo ano, não faltará às pessoas o subsídio de Natal, no próximo ano faltará às pessoas dinheiro todos os meses para ir ao supermercado ou para pagar o passe do autocarro. Sim, porque com este aumento da contribuição para a Segurança Social - de 11% para 18% -, quem ganha o salário médio neste país - cerca de 1000 euros brutos -, grosso modo, vai receber menos cerca de 70 euros. Faz diferença na gestão do dia-a-dia.
E diz Passos Coelho que o Governo poderia ter optado por um aumento cego dos impostos. Pois, e o que é isto?! Isto não é mais do que isso, um aumento cego da carga fiscal! E que penaliza mais pensionistas e funcionários públicos, muito longe da propagada equidade.
E não valeram de nada os rodeios porque ninguém acredita que com contribuições mais elevadas para a Segurança Social, que permitem uma Taxa Social Única mais baixa, se vai conter o drama do desemprego. Quererá Pedro Passos Coelho convencer-nos de que, pagando menos contribuição por cada trabalhador contratado, as empresas vão empregar mais pessoas?! Quanto muito, evitar-se-ão alguns despedimentos. As empresas que não exportarem e dependerem do mercado interno empobrecerão, tal como todos os outros portugueses.
Via Silvia de Oliveira, Dinheiro Vivo
http://www.dinheirovivo.pt
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