Todos os anos, a partir de meados de Setembro começava a fazer a lista das pessoas que iam ser contempladas com presente de Natal e estabelecia um budget. E alinhava ideias prévias.
Durante Outubro e Novembro ia executando a lista, sempre à procura do presente ideal para cada pessoa, mesmo que o orçamento fosse de €5. Se a pessoa estava na lista, era porque merecia lá estar, logo independentemente do valor, merecia o melhor presente possível.
Como em qualquer outra tarefa, vinha ao de cima uma mentalidade soviética: faças o que fizeres, faz sempre o teu melhor. Sempre. E como gosto tanto de receber presentes, que não concebia sequer não me empenhar em encontrar algo giro/útil/fora do vulgar/bonito para o outro.
Depois... cansei-me. Percebi que, salvo raras (boas) excepções, as outras pessoas chegam ao Natal e despacham isto como eu despacho um prato de caracóis em Junho. Num instante e sem sequer olhar. Siga.
Muitas vezes pessoas que me são muito próximas falhavam tanto que parecia que eu lhes era invisível.
Muitas vezes pessoas que me são muito próximas falhavam tanto que parecia que eu lhes era invisível.
Este ano então tenho andado uma baldas de primeira.
Comentários