Para todos aqueles que acham que eu sou uma maldizente hiper critica, venho por este meio... confirmar. É verdade, tudo o que não gosto, digo. Mas descansem que encaixo bem a critica alheia e, melhor que isso, tenho um sentido tremendo de auto-critica. Imune ao que me digam...
Porém, e para lá das coisas de que gosto muito (carteiras, viagens, livros), fico contente quando me deparo ou descubro algo que acho que faz a diferença e prima pela qualidade.
Três bons exemplos.
Exemplo 1: Papo D'Anjo
Na última edição dos Emmy, a actriz de 10 anos Kiernan Shipka (Mad Men), foi toda bonita com um vestido da marca portuguesa Papo D'Anjo (ver aqui), num vestido desenhado propositadamente para a miuda e para o evento, pela fundadora Catherine Monteiro de Barros.
Catherine Monteiro de Barros é americana e quando estudou Relações Internacionais (grande curso) na Johns Hopkins University, conheceu o marido, português. Depois de ter trabalhado na CNN, quando casou, mudou-se para Portugal em 1991.
Foi neste canto á beira-mar plantado que Catherine fundou a Papo d’Anjo em 1995, quando, já mãe, lhe faltavam opções de roupa infantil ao seu gosto. A linha da Papo D'Anjo caracteriza-se pelo estilo europeu clássico mas com uma qualidade superior, muito trabalho manual e com muita atenção ao detalhe, que permita que as peças resistam de geração para geração. A sede da marca está em Lisboa, assim como todo o design e produção.
Foi neste canto á beira-mar plantado que Catherine fundou a Papo d’Anjo em 1995, quando, já mãe, lhe faltavam opções de roupa infantil ao seu gosto. A linha da Papo D'Anjo caracteriza-se pelo estilo europeu clássico mas com uma qualidade superior, muito trabalho manual e com muita atenção ao detalhe, que permita que as peças resistam de geração para geração. A sede da marca está em Lisboa, assim como todo o design e produção.
Em 2002 a familia (já são 4 filhos, todos parvos de giros, aliás toda a familia parece saida de uma série de TV muito sofisticada e elegante!!!) mudou-se para Gloucestershire, Inglaterra.
Desde um castelo maravilhoso (vinha numa reportagem da Vanity Fair há uns meses), Catherine funciona como Chief Designer e responsável de todo o negócio, que se estende por vários paises, em lojas de topo, mas sendo particularmente forte nos EUA.
Exemplo 2: A República, p'la Vista Alegre
A Vista Alegre Atlantis lançou, em Setembro, uma colecção comemorativa do Centenário da República com ilustrações de Pedro Sousa Pereira.
A colecção, composta por um conjunto de seis pratos, duas canecas, uma chávena de café e uma taça, tem ilustrações em que surgem os símbolos de Portugal (a bandeira, o busto da República e o Hino Nacional), referências a Os Lusíadas, e é dado destaque a Machado dos Santos por este ter sido, nas palavras do autor, “um homem de acção, corajoso, frontal, aventureiro e determinado”.
Estive a ver as peças e adorei. Os pratos são maravilhosos. Toda a colecção tem imenso bom gosto, e é mesmo bonita. A Vista Alegre pode ter vários problemas, radicados na incapacidade estratégica de perceber as mudanças de mercado, reagindo tardiamente, mas continua a ser uma marca capaz de surpreender.
É das marcas portuguesas que mais admiro até porque tem tentado, e conseguido, ter a qualidade de séculos com a inovação mas sem sair do seu ADN.
Exemplo 3: Bulhosa de Entrecampos
Ao fim de ano e meio entrei, por fim, na Bulhosa de Entrecampos ontem e fiquei fã.
As pessoas são simpáticas, a loja é enorme e dá para almoçar!!! Tem um cantinho simples, com sopa, saladas, arroz, salgados (as empanadas têm muito bom aspecto), um prato quente, e café. Simples, tranquilo, maravilhoso. Almoçar, ou lanchar, entre livros é uma espécie de deleite. É sublime.
Claro que vou limitar as minhas ida a este sitio do "Demo". Fui almoçar e trouxe 2 livros:
A lista de pendentes volta a ultrapassar os 40 livros. Raios!!!
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