Avançar para o conteúdo principal

& I wonder ...

Já aqui mencionei que uma das coisas que menos gosto na blogosfera são os Anónimos. 

Também não acho muita piada quando em blogs os donos dos mesmos (ou visitantes) atacam Anónimos (independentemente das opiniões destes serem para lá de estúpidas ou ofensivas, algumas vezes) com base unicamente no argumento do anonimato quando esses mesmos blogers (ou comentadores) ... também o são. A diferença é que têm um nick, um endereço de mail para o qual se pode enviar um email a chamar de "querida" para baixo mas, a bem da verdade, 80% das pessoas que os lêem não sabem quem está por trás do blogger. 

Nada contra. É uma opção que dá liberdade, oh se dá. 

Se não tivesse o meu nome aqui exposto o divertido que seria este blog! Porque para contraponto à aridez das minhas emoções, há tanta coisa surreal e deveras divertida noutras dimensões da minha existência, que poderia dissecar. Porém, como há pessoas que aqui me visitam e que de uma coisa hiper-mega privada retiram ilações publicas descabidas e alucinadas e propagam boatos sobre terceiros, a minha opção é não dar azo a historias sobre outros (excepto quando não haja hipótese de criar dano a quem quer que seja). Seria terapêutico mas aguente-se. 

Voltando aos Anónimos: não gosto. Ao menos, um nick. A sério. 

Curioso, não obstante, como os Anónimos que enchem de comments tóxicos essas caixas de comentários pela blogosfera fora, de repente brotaram que nem cogumelos no Boom Festival no blog da Stylista por causa de um Giveaway (conceito paralelo à Pandora: arrepia-me até o ultimo pelo que não tenho nos braços!) de uma clutch verde-alface (!) da Prada. 

Há pouco: 870 nomes e emails escancarados e a grande maioria dos users eram Anónimos. 


Giro, não?


(não estou contra o sorteio, promoção, whatever; NADA! Só acho engraçado como as pessoas expõe dados que consideram suficientemente privados para se registarem mas que entretanto estão totalmente disponiveis para quem quer ver!)

Comentários

Cailin disse…
nunca entendi, sinceramente, qual é o objectivo porque não acrescentam nada! e tb tou ctg, não alimento discussões de cabeças e pessoas vazias que só estão aqui pra destruir.

Mensagens populares deste blogue

Os lambe-cus (MEC)

Os Lambe Cus, by Miguel Esteves Cardoso   "Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá- los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia. Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alun

Devo ser a unica mulher

Que gosta do Mr. Big. Pois que gosto.  Enquanto a Carrie era uma tonta sempre à procura de validação e de "sinais", a complicar, a remoer, ser gaja portanto, o Mr. BIG imperfeito as may be era divertido, charmoso, sedutor, seguro (o possível dentro do género dos homens, claro), pragmático.  E sempre adorou aquela tresloucada acompanhada de outras gajas ainda mais gajas e mais loucas.  Fugiu no dia do casamento? Pois foi. Mas casaram, não casaram? Deu-lhe o closet e um diamante negro.  Eu gosto mesmo muito do Mr. BIG. Alguma vez o panhonhas classe media do Steve? Ou o careca judeu que andava nu em casa? Por Sta. Prada, naooooooooo! 

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.