Daqui de casa ouve-se à distância a histeria do Parque Eduardo VII.
Ele é piquenique, ele é Tony Carreira, ele é a camisa vibrante do João Baião, ele são os penteados difíceis de explicar dos já de si inanerráveis Miguel Veloso e Raul Meireles, ele é o CR9 a esconder-se no fim do palco por causa dos patrocínios, ele é a Galp, a Sonae e a Sagres em publicidade em prime time.
É a loucura à passagem da camioneta como se aquele grupo sorridente fosse à conquista de Ceuta com boas perspectivas de a conquistarem aos mouros, quando todos sabemos que será mais estilo Festival da Canção.
Expliquem-me, façam-me um desenho, escrevam-me uns tópicos, qualquer coisa pois eu não entendo como tantos depois da cadeira ter caído ainda somos um país que vibra assim com tão pouco. Não estou a tirar a importância à coisa, é ao modo como a coisa é apresentada e vivida.
Parece festa de aldeia, só falta o sorteio das ovelhas em rifas e os foguetes.
'Taditos do Coentrão e do Pepe, os únicos jogadores pelos quais nutro simpatia, e que vão ter que gramar esta espécie de vuvuzuela colectiva. Mas longe, sff.
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