A minha terapeuta comparou a minha vida aos Jogos Sem Fronteiras. [pausa para que se riam]
True story!
Penso que o fez sem maldade mas foi mesmo assim. De repente imaginei-me vestida com um fato de espuma, a tentar subir uma corda imaginária no meio de uma piscina, rodeada de outras pessoas com fatos também de espuma, e a ouvir uma voz entusiasta "Aí vai Mónica, bastante rápida na subida, certamente arrecadará importantes pontos para a sua equipa. Força Mónica... ah, Mónica caiu na piscina. Nesta prova não ganhará pontos. Mónica, esse pequeno pais perdido na Europa, sem identidade definida, está em ultimo lugar". "Passemos agora à prova de San Marino". E sem termina o Eládio Clímaco a descrição da minha existência.
Pelo menos não fui comparada ao Dallas. Demasiado drama e chumaços para que eu aguentasse.
Chegada a casa, ainda com a musica dos Jogos Sem Fronteiras nos ouvidos, a pensar se estarei menos deprimida do que estava há 6 meses, tento confortavelmente ver um DVD, desta vez na sala, algo inovador. Estava convencida que seria hoje que iria conseguir derrotar o aparato tecnológico da tanga que o dono da casa instalou.
Portanto, tínhamos 1 TV, 1 leitor de DVD e o DVD propriamente dito + 2 comandos. Claro que está, havendo gajo cá em casa, inventou-se um mini comando cuja existencia ainda não descobri para que serve, mas que com 5 míseros botões (um deles, o ON) destroi qualquer réstia de boa disposição que sobreviva a quinta feira.
Como se fosse um prova dos Jogos Sem Fronteiras, tinham-me explicado, como se fosse muito burra, que era ligar a TV, inserir o DVD no leitor e clicar no botão com numero 2 do maldito mini comando. Fácil, não? Tão fácil que ao fim de 30 minutos optei pela minha TV, pelo meu básico DVD de €90 comprado na Worten e escrevo-vos da cama. Desisti do irritante comando que liga não sei o quê ao XPTO do DVD com as colunas espalhadas por toda a sala. E nós é que somos complicadas... pois, sim, homens, botões e gadgets, pior que os meus relógios fáceis de usar ou carteiras sem mistério.
Mais vale ser o Eládio Climaco e só ter que fazer um sorriso pepsodent.
Conclusão, fui outra vez à piscina. Para gáudio do espectador lá em casa, animado com estas figuras de parvo que se fazem nos Jogos Sem Fronteiras.
O que vale é que o piroso do fato de espuma me deixa boiar.
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