Desde há 6 semanas que há falhas continuadas nas entregas de revistas das quais sou assinante. Ou seja, estou a dar em LOUCA. Porque a) já as paguei; b) porque sem revistas o meu parco equilíbrio emocional tem graves afectanços.
Perante a quantidade de revistas extraviadas, e com ameaças de suspender as assinaturas, as editoras terão pressionado os CTT para uma explicação + uma solução. De igual modo, a gestora de condomínios, garantiu-me que conjuntamente com os CTT buscariam uma maneira de resolver a questão mas, e cito porque é importante, eu seria a única pessoa a queixar-me. MENTIRA DESCARADA, há mais moradores que perderam cartas (incluindo as de pagamento de IRS).
Armada em McGyver liguei mesmo para a direcção regional de distribuição de Lisboa dos CTT, no dia 13 de Novembro (isto começou a 14 Outubro!!!) e a Subdirectora disponibilizou-se para se informar sobre o tema até porque comecei logo por ameaçar com processá-los. Deu-me informações quase imediatas: as cartas /revistas são vezes sem conta devolvidas porque não há modo dos carteiros acederem aos prédios, não há códigos, não há quem abra a porta, não há pessoas em casa. Algumas das revistas estavam encontradas na estação dos CTT mas recusei-me a ir buscá-las dado que para isso não as assino, compro na loja.
Convém explicar que os meus problemas começaram quando o videoporteiro deixou de funcionar. A porta só funciona com chave, quando tocam à campainha, vemos quem está cá em baixo mas não somos ouvidos e as portas não abrem desde casa, isto é, batem à porta = é forçoso que se desça para abrir. Assim, talvez se explique porque tantas vezes os carteiros não entram. Talvez quando alguém chegue ao R/C, eles já tenham ido á vida deles.
Confrontada com esta situação, a Gestora de Condomínios, diz não saber como arranjar a porta (problema comum a mais do que um edifício, não se limita ao nosso) pois, e cito, as portas "são muito altas e pesadas, fazem curto circuito, as empresas que instalaram e venderam o material faliram, as equipas de engenharia do prédio ao lado, a ser acabado, não se disponibilizam a dar apoio para a Gestora de Condomínios conseguir prosseguir com uma solução.
O dono de obra, caladinho, não dá uma solução aos moradores perante um problema que se arrasta. Desconfio que o dono de obra acha que é opção sempre que alguém bata à porta se desça do 1º ou do 8º andar para vir abrir. Seria de exigir ao construtor, que desse uma resposta concreta face ao facto dos seus fornecedores terem falido. Ficamos assim ad eternum?
Sinto-me lixada com "F" grande, outros também se sentirão mas por serem portugueses normais não reclamam. Azar, eu reclamo. E sou chata pra caraças.
Assim temos que:
a) Os CTT não podem entregar cartas porque estupidamente as caixas do correio foram colocadas no interior do prédio. O dono de obra, o capricho dos arquitectos afamados e os engenheiros da construtora tiveram uma brilhante ideia, os meus parabéns, a sério.
b) Não se dão códigos de acesso, porque os carteiros alegadamente não são fixos logo pode ser uma situação de risco. Cabe aos CTT definirem e apresentarem quem seriam os carteiros a tratar destes edifícios e assegurar que eles não seriam autores de outros actos que não apenas entregar-me a minha correspondência. Ou com a Gestora de Condomínios encontrarem outra opção de resolução. Estou à espera......................
c) Enquanto as portas não funcionarem, também não vale a pena ter códigos, certo? O dono do empreendimento e a construtora têm que solucionar o que de mal os seus subcontratados falidos fizeram. Assumam a responsabilidade. Sei que é pedir muito que alguém se RESPONSABILIZE, também não é uma atitude portuguesa.
Opção: alguém conhece algum espécie de Manuel Godinho que dê uns presentinhos aos donos de obra (num passado recente, alguns administradores foram corridos por corrupção, portanto não deve ser estranho), à construtora e aos CTT??? EU QUERO AS MINHAS REVISTAS, porra!!!!
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