Diz o slogan da marca Patek Phillipe: "Nunca somos verdadeiramente donos de um Patek Phillipe. Limitamo-nos a tomar conta dele até à próxima geração"
Depois do anuncio da Popota, que me leva à loucura de tão giro que é, reler esta frase foi talvez a coisa mais impactante da semana e fez-me pensar... coisa que às vezes acontece.
E em homenagem a uma amiga, partilho na blogosfera a minha opinião: a frase aplica-se na mouche aos homens.
Nós de facto nunca somos "donas" (a palavra cai mal neste contexto) de um homem), só tomamos conta, damos mimo, amamos, temos paciência para as coisas mais chatas que eles se lembram, aturamos o mau humor quando lhes apetece (note-se que não têm sequer SPM!!!), aguentamos estoicamente que não nos escutem e sejam umbiguistas ...
Mas mesmo assim corremos o risco de só os estarmos a guardar para outra geração (aka, outra gaja, a titulo de exemplo), ou melhor, estamos a protegê-los e aprimorá-los para o futuro, do qual podemos ou não fazer parte.
Mal li a frase, lembrei-me logo disto. Mas o claim da marca é muito bem construído porque aplica-se a tudo: nós não somos donos de nada, excepto da nossa vontade, e deixamo-la como legado para a próxima geração, do que com essa vontade decidimos fazer ou não.
PS. mais do que qualquer outra noticia, a mais impactante foi a decisão de Enke em acabar com a vida da forma dolorosa como o fez. O suicídio de alguém, quem quer que seja, é sempre um momento de ponto de interrogação; a decisão de morrer assim, é difícil de gerir; este caminho para a morte por alguém profundadmente deprimido é muito complicado de gerir emocionalmente.
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