Avançar para o conteúdo principal

Boas Novas

Às vezes também dá para ser arauto de boas noticias.
(Não me peçam para explicar o que é um arauto porque já tive que o fazer, um dia destes, no escritório e são sempre momentos em que EU me sinto pior dos que não sabem... Vão à Wikipédia!)


Não que as noticias blink-blink sejam respeitantes à minha pessoa (aliás, ainda não descobri como não passei já a um estádio diário de soluços em versão choro compulsivo mas certamente que, com falta de força e anos de desalento, lá chegaremos e em grande estilo).


Todavia, sendo noticias boas relativas a pessoas de quem gosto (muito) afectam-me pela positiva. Não imagino o que seja receber um Omega Speedmaster clássico versão masculina ou um vale-viagem para a Nova Zelândia, mas deve ser muito bom ............. Estas noticias, ainda são melhores.


Comecemos por uma escala evolutiva meramente socio-burguesa mas que permite arrumar os eventos sem prioritizar felicidades alheias.


Uma amiga especial está apaixonada, é correspondida, está feliz e o gajo não tem estilo de estafermo! Pode ser lana caprina mas não é. Quando se gosta de estar numa relação, do conforto de estar a 2 e depois de ter-se levado alguma porrada, encontrar alguém inteligente, interessante, meigo e reciprocamente apaixonado, e essa pessoa ser um gajo (coisa pretendida neste cenário), é obra.


Aliás, arranjar namorado / a nos tempos que correm é quase como estar na lista de espera de uma Birkin. Além de que nunca se sabe o que vem do Ovo do Kinder Surpresa. À moça aparentemente não lhe bateu duas vezes o carteiro à porta, mas a encomenda parece vir em condições, chegou na melhor hora e estão felizes tipo partilhar a mantinha no joelho e cachecol do Glorioso ao pescoço. Esta fase de contemplação tontinha é gira.


Já não há momentos Kodak mas eles mereciam um. Mesmo sabendo de antemão que daqui em diante, bem posso carpir mágoas com o meu muro das lamentações (uma qualquer parede cá de casa) que fiquei sem SMS SOS.


Celebração II: quando tudo parecia perdido, eis que afinal ainda vou ter mais um casamento. Não é este ano, será em 2011 (até lá, há todo um grupo que tem que fazer dieta), mas vou a um casamento, coisa que não esperava voltar a experimentar nos próximos 10 anos.


Entre amigos já casados, amigos que não estão nem aí, amigos que não casam porque a lista de convidados daria para encher o estádio da Luz , amigos que já casaram e agradecem não ter que perder um dia das suas vidas e dinheiro noutra alhada... bom, restava-me fazer novos amigos o que é difícil nesta vidinha inútil casa-trabalho (a ler, sempre; não me meto cá nem com companheiros de metro nem com os taxistas).


Ora, o filho que todas as mães querem ter, o genro que todas as sogras desejam, o namorado / noivo que todas as gajas almejam, o melhor colega de trabalho que se pode ter, vai fazer bungee jumping (figurativo) e dizer "Aceitooooooooooo!".


Apesar ser do FCP, ele é o conselheiro sensato dos piores momentos, o camarada de almoços e lanches, o fã de Xutos, que se vai fazer homenzinho. Estou muito contente por ele(s) e, prometo, Puto, que; a) não vou de escafandro à "boda"; b) não levo a cabra; c) não vou acompanhada do Carvalho da Silva.


E ainda dizem que eu sou uma má pessoa. Vejam lá, o que não faço pela felicidade de pessoas especiais! (perante figurinhas em cima de bolos de boda, já não sei se me conseguirei conter, lamento). Puto, parabéns!!!


E, chegámos ao nascimento, algures em Outubro do meu novo sobrinho /a. Sem mais dados genéticos até ao momento, passaremos a identificar o futuro alvo de mimo como Fábio Ruben ou Bruna Verónica.


É quase um momento "Amigos de Alex".

A pessoa conhece outra, faz uma amizade para a vida, partilha parvoíces e momentos de pura loucura (verdade seja dita, eu era a bem comportada), perde o rasto, re-descobre que passados os anos a força da amizade é a mesma, fica-se orgulhosa dos sucessos que o outro, parte de nós, alcança e, de repente, vou ser tia. Desta vez, pelo menos não morri com uma pipoca entalada, mas o pastel de massa tenra que entretanto comi já teve outro sabor.


Temos, pois, a caminho mais um jovem brilhante membro do Benfica, que assiste da barriga da mãe ao sucesso dos nossos meninos e que quando espernear pela primeira vez na sala de partos, provavelmente, já nem se falará de agências de rating.


À semelhança do meu sobrinho Pedro aka Viriato, já sei que vou estar com esta nova criança menos tempo do que desejaria e será obra socializar: não tenho grande jeito para estabelecer comunicação com seres pequeninos, confesso; eu gosto mesmo é de apertar e dar beijos, coisa que os putos não são propriamente adeptos. Também gosto de dar presentes e vou tentando comprá-los à falta de outra estratégia.

Neste caso, é ainda pior porque há todo um clã Von Trapp materno, habituadissimo na arte de criançar, que vai criar um mundo em que estranhos não entram.

Não sendo de sangue, o Fábio Ruben e a Bruna Verónica já faz parte do meu ser. Não é tão bom?


Comentários

Anónimo disse…
Já há alguem tempo que não lia um post com um sorrisinho parvo, tipo miúdo do liceu. Obrigado :-)
MBA
Marta disse…
Não ficaste sem SMS SOS, parvita.

Mensagens populares deste blogue

a importancia do perfume e a duvida existencial do mês

Olá a todos advogo há bastante tempo que colocar perfume exalta a alma; põe-nos bem dispostos e eleva-nos o bom espírito. Há semelhança do relógio e dos óculos de sol, nunca saio de casa sem perfume, colocado consoante a minha disposição, a roupa que visto e o tempo que está. Podem rir-se à vontadinha (me da igual) mas a verdade é que sair de casa sem o perfume (tal como sucedeu hoje) é sempre sinal de sarilhos. nem mesmo umas baforadas à socapa no táxi via uma amostra que tinha na mala (caguei para o taxista) me sossegaram, ate pq não era do perfume que queria usar hoje. E agora voltamos à 2ª parte do Assunto deste email: duvida existencial do mês Porque é que nunca ninguém entrou numa loja do cidadão aos tiros, tipo columbine, totalmente alucinado dos reais cornos? É porque juro que dá imensa vontade. Eu própria me passou pela cabeça mas com a minha jeiteira acabaria por acertar de imediato em mim pp antes de interromper qq coisa ou sequer darem por mim. lembram-se de como era possív

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.

Os lambe-cus (MEC)

Os Lambe Cus, by Miguel Esteves Cardoso   "Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá- los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia. Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alun