Uma pessoa chega a casa a tempo de ver o Preço Certo ou de ir comer caracóis, e tem destes pequenos nadas, destes singelos apontamentos que, voilá, nos põe um sorriso nos lábios quando julgamos que é impossível a uma segunda-feira-raios-que-nunca-mais-chega-a-sexta.
Pois vinha eu, literalmente a pensar na morte da bezerra (só não digo quem era a bezerra e a forma de infligir a dor), a subir a rua quando fui ofuscada pela versão tuga do pimp my ride.
Apresentava-se no meio do trânsito algo que me pareceu ser um Audi R8 mas quitado, branquinho branquinho, todo artilhado com umas grelhas laterais e um belo casalinho pin & pon lá dentro: Yannick Djaló e sua princesa Lucy "mani" Abreu.
Acho possidónio observar de boca aberta pessoas que saem nas revistas mas era bom demais para se perder. A minha predilecção por carros brancos é nula, a resvalar para o insuportável, especialmente quando são viaturas a atirar já pró' vistosas. O barulho das luzes do exibicionismo dá-me cabe da cabeça. Mas este em particular, preso no transito, com aquelas 2 coisas mínimas lá dentro, fez-me sorrir.
Aliás, não me desatei a rir porque tinha mais que fazer e porque de louca já tenho tanta fama que achei que há que estabelecer limites.
Pode-se ter muito dinheiro, pode-se ser magra que nem um cão, pode-se ser o supra sumo da cintura industrial, mas há coisas que nem com muita exfoliação vai lá. E nem a nave espacial ía longe no meio do dos outros carros.
Pena mesmo foi não ter comido caracóis.
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