Há uns quantos afortunados que foram de férias.
Há malta que se queixa de que não há tostão, que os colaboradores são uns inaptos incompetentes que não merecem o ordenado que recebem, que deviam trabalhar 24h e ainda dar graças a deus por poderem ir trabalhar diariamente e terem direito a serem insultados; mas depois rabo no ar, em caminho ao aeroporto, em direcção a destinos upa upa.
O "proletariado" dos tempos modernos aguenta-se com o fim de semana prolongado em terras de Portugal, com trânsito e tudo, em casa de amigos que simpaticamente dão guarida e boa disposição, e há uma centelha de ilusão que se está num sitio catita com sol, praia e morangoskas (na versão "proletariado contemporâneo" morangos só numa sobremesa pascal com bolacha maria, quer-se dizer com bolacha torrada - não recomendo a troca!).
O próximo passo há-de ser uma auto caravana, fato de treino e sardinhada à beira da estrada (um momento, estimados leitores, vou ali atirar-me da janela... volto já!).
No entanto, há alguns afortunados que vão laurear a pevide mas que sofrendo de desvios do foro da psique, mal chegam já trazem uma azia daquelas que mais valia terem passado pelo triângulo das bermudas. Ora, uma pessoa fica em terra, transforma os livros em toalha de praia, e quando volta à labuta tem que aturar a incapacidade dos outros em adaptar-se à realidade. Livra!
Esta "gente" é muito ingrata. E em vez de espalhar endorfinas acumuladas nos dias e dias de dolce far niente com efeitos positivos nos outros (melhoria do bom humor, melhoria da disposição física e mental, com efeitos anti envelhecimento), libertam os seus desvios à rédea solta.
Porra, hoje nem sequer transito havia, ainda nem metade das pessoas estavam a produzir e, mesmo assim, esta malta não consegue fazer a transição férias/trabalho com a calma e isenção de stress recomendada por todos os médicos (até os veterinários!)
Ou isso, ou é só mau feito. Ruindade.
Comentários