Somos um povo tão nacionalista mas tão nacionalista, tão agarradinho às tradições, tão sentido pela expulsão dos filipes, que mal se soube que para o ano este feriado ia ter o mesmo destino da dinastia espanhola em terras lusas (ó adeus e vai-te embora!) que a malta se uniu e vá de celebrar em força a despedida do feriado.
Qual crise, qual sobretaxa, quais subsídios. Há que fazer sacrifícios nos momentos que mais o exigem: fins de semana prolongado.
Lisboa está um caos. Parece um filme de catástrofe com povo em fuga. Não é da crise, certamente. Os autocarros andam com 45 minutos de atraso. O resto são carros que, como se sabe, andam baratinhos porque as gasolineiras fazem black fridays e promoções todas as semanas como recebemos nos telemóveis, tipo perfumarias ou Massimo Dutti.
E sexta feira vai ser oásis de produtividade, entre os que não estão, os que estão contrariados e os que estão à séria mas que vão ter dificuldade de fazer o que seja. Senhora Merkel, não se zangue. Muito!
Nós gostamos do "nosso" feriado, tão amoroso! Queremos mimá-lo.
Isso, ou somos parvos que dói.
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