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Idolos de Barro

Odeio programas tipo Ídolos. 

Gosto do Simon e do Ryan Seacrest, por razões distintas, mas porque ambos fazem muito bem o seu papel... mas de resto, adeus. 

A semana passada vi uns 3-4 minutos do Ídolos. Todos podem adorar o Manzarra mas, meus amigos, ele não é o Seacrest que lhe dá 100 a 0 em autenticidade e capacidade de comunicação. Da Cláudia Vieira, não vou estar pra' aqui a discutir as mamas da moça e é a isso que tudo se resume. São dela, pois muito bem, estime-as.

O que é mesmo mau é ver até que ponto as audiências ditam a baixeza dos actos e as massas aplaudem insanas. O botão OFF deixou de existir no discernimento.

Aquele júri só merecia uma sessão de dentista sem anestesia; ou um dia inteiro a gramar com folclore; ou passarem um fim de semana com Alexandre Lencastre num dos seus ataques de "sou uma desgraçada".  Consigo imaginar castigos piores mas vamos deixar os Super Dragões fora disto.

Pedro Boucherie Mendesactual Director Coordenador de Conteúdos dos Canais Temáticos da SIC MulherSIC RadicalSIC InternacionalSIC IndoorSIC Mobile e Linha Mais REFER) e Director Geral SIC Radical, foi Director da FHM, Sub-Director da Maxmen e editor do caderno O IndependenteParticipa semanalmente num programa da Antena 3, "Pedro e Inês". Penso que não tem formação musical, não canta / dança nem sequer é mimo.

Roberta Medina é uma empresária produtora de eventos que herdou o negocio do pai de organizar o hipermercado dos concertos. A visão de musica da moça resume-se a: o que fará vender mais bilhetes e atrair mais publicidade? Bom ou mau, não interessa.

Laurent Filipe é um músico, musicólogo, compositor e produtor, mais propriamente trompetista. Licenciou-se em Teoria e Composição Musical pela Universidade de Kansas,  tem uma pós graduação em Composição Musical para Cinema pela Berklee College of Music e um doutoramento em ciências humanas. Ah, afinal há um gajo que percebe qualquer coisa de horta. 

E depois há o Manuel Moura dos Santos, um cretino trombudo, com ar muito azeiteiro que supostamente produz músicos (?) mas creio ser muita parra e pouca uva.

Basicamente, creio que o júri não é competente para avaliar talento musical. Mas isso é um problema de alguém, eles estão a ganhar o seu extra tacho.

O que me irrita mesmo é o modo como a SIC (não sendo caso único), em conivência com estes vivaços, expõe ao ridículo concorrentes que, à partida, sendo tão maus, jamais deviam ser chamados à audição, mas sim eliminados nos visionamentos preliminares dos CDs ou DVDs solicitados. 

Ok, os concorrentes não prestam. Tudo bem. Mas expô-los assim para gáudio dos espectadores e com base na presunção cretina daqueles jurados, é grotesco. 

É uma pena que haja quem goste e aplauda como bom entertenimento. Faz-nos repensar muito a natureza humana. E o seu nível de neurónios. 





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