Deve ter passado invisível porque ninguém normal escuta, nas noticias da meia noite, o que diz Louçã. Mas, depois, existem pessoas como eu. Todo um fenómeno.
Louçã dirigia-se ao publico no Cinema S. Jorge, acerca do costume, a Troika, o FMI e bla bla bla, eis senão quando, ao comentar a falta de interesse que o Governo teve em traduzir para português o Acordo / Medidas, se sai com esta pérola: "Como era inglês técnico deve ter sido complicado".
Pode não ter a envergadura boçal do pentelho do Catroga nem o espasmo de alucinação do desavindo PSD que ora chama Hitler (Catroga), ora Saddam (Morais Sarmento) a Sócrates (nem no insulto se entendem, ó gentinha reles!?), mas a "tirada" de Louçã foi bem metida (timing), certeira e inteligente.
Tomara que o tom de gozo na campanha fosse este.
E não o das entradas grátis no Sea Life. Ou os comentários de alguém que se chama Pita Ameixa! (ok, o nome é do senhor, ele não tem culpa mas caramba com um nome como Luís António Pita Ameixa, não podia ser só Luis Ameixa - que já não seria famoso - ou Luís António?). Ou o africanismo made in Massamá, com o Nobre e o seu ar louco a reboque.
Ou, a piada sem piada alguma, que o PCP fez ontem. Perante os protestos dos estudantes universitários de Coimbra, que não gostaram de ver a escadaria principal pintada com frases publicitarias à CDU, e durante o Comício vaiaram e contestaram a utilização das escadas universitárias como empene de anúncios, o líder comunista responde "A nós ninguém nos cala! Ditadura nunca mais!" Perdão? Como? Oi?
Isto é de uma imbecilidade a toda prova. Se há quem goste da sua universidade são os estudantes de Coimbra (até gostam de mais, preservando as mais estranhas tradições), percebia-se que não era uma manif anti-partido comunista. Eles iriam contestar SEMPRE fosse qual fosse o partido. Não houve foi nenhum líder distrital com tamanha burrice de fazer algo assim.
Comparar aquelas vaias e assobios a uma tentativa de calar o PCP, à laia ditatorial, é simplesmente estúpido e coisa de criança mimada, que ofende a própria história da luta académica.
Todos perderam o tino. Eu fiquei passada com o ridículo e insultuoso comportamento do Jerónimo. É mau demais (mas, Festa do Avante, sempre... reitero).
Comentários
Beijos!
Jorge