Avançar para o conteúdo principal

'Da place

No mesmo corredor... Santini, Haagen Daaz e Llaollao

Coordenadas: Subcave El Corte Inglés Lisboa.

Escolhas, escolhas, escolhas.

Optei por jantar um Sanum no Llaollao, iogurte, frutas, cereais e nada de mel (blagh blagh)

Isto para as gentes gordas não está fácil e já andou mais longe de acabarmos a dizer "Magnum" à frente de um pelotão de fuzilamento. Os fanáticos do "Biggest Loser" e das corridas cronometradas pela Nike via FB odeiam-nos. Tornamos o seu perfeito mundo esteta, com belos abdominais e belos cônjuges, igualmente patetas e deficientes, menos perfeito. 

Nessa blogosfera é só ler pérolas, por exemplo: "como vão gordas para a praia (HORROR!) e de bikini (morte por apedrejamento, já)"; ou "desleixados que ficam no sofá (é pouco bom querem ver? quem trabalha e não vive de borlas sabe o que é chegar a meia da semana bem acabadinho!) a lambuzar-se com comida (sim, sim, é ver passar os escravos com tabuleiros de leitão, lasanha e cascatas de morangos em calda de chocolate) a ver TV (pois, porque só os atletas de ginásio, que cultivam o corpo como um templo, é que "papam" as séries todas e lêem tudo o que é livros no lusco-fusco ou madrugada dentro, à professor Marcelo e antes de mais uma corrida pela cidade deserta qual herói)"; "gente sem vontade nem disciplina (cambada de desempregados, alcoólicos, maus filhos, maus pais, a viverem certamente do RSI, nunca devem ter contribuído seguramente para a sociedade, uns perdidos, apáticos, gente que não toma banho, sem QI... ai espera esse é o Ronaldo, já me estou a trocar toda)!

Isto não está fácil. 

De colesterol não morro porque não padeço. Mas de xenofobia já faltou mais.  

Comentários

Mary disse…
Tens alguma coisa contra as pessoas que padecem de colesterol elevado?! Hã?! Se quiseres vamos resolver isto lá para fora!!!

Mensagens populares deste blogue

Os lambe-cus (MEC)

Os Lambe Cus, by Miguel Esteves Cardoso   "Noto com desagrado que se tem desenvolvido muito em Portugal uma modalidade desportiva que julgara ter caído em desuso depois da revolução de Abril. Situa-se na área da ginástica corporal e envolve complexos exercícios contorcionistas em que cada jogador procura, por todos os meios ao seu alcance, correr e prostrar-se de forma a lamber o cu de um jogador mais poderoso do que ele. Este cu pode ser o cu de um superior hierárquico, de um ministro, de um agente da polícia ou de um artista. O objectivo do jogo é identificá- los, lambê-los e recolher os respectivos prémios. Os prémios podem ser em dinheiro, em promoção profissional ou em permuta. À medida que vai lambendo os cus, vai ascendendo ou descendendo na hierarquia. Antes do 25 de Abril esta modalidade era mais rudimentar. Era praticada por amadores, muitos em idade escolar, e conhecida prosaicamente como «engraxanço». Os chefes de repartição engraxavam os chefes de serviço, os alun

Devo ser a unica mulher

Que gosta do Mr. Big. Pois que gosto.  Enquanto a Carrie era uma tonta sempre à procura de validação e de "sinais", a complicar, a remoer, ser gaja portanto, o Mr. BIG imperfeito as may be era divertido, charmoso, sedutor, seguro (o possível dentro do género dos homens, claro), pragmático.  E sempre adorou aquela tresloucada acompanhada de outras gajas ainda mais gajas e mais loucas.  Fugiu no dia do casamento? Pois foi. Mas casaram, não casaram? Deu-lhe o closet e um diamante negro.  Eu gosto mesmo muito do Mr. BIG. Alguma vez o panhonhas classe media do Steve? Ou o careca judeu que andava nu em casa? Por Sta. Prada, naooooooooo! 

Do acosso

Este calor que se abateu com uma força agressiva consome qualquer resistência.  O suor clandestino esbate vergonha e combate qual sabre as dúvidas.  A noite feita à medida de libertinos cancela as vozes interiores que alertam para mais uma queda dolorosa. A brisa quente atordoa, embriaga no contacto com a pele. O tempo pára, as palavras suspendem entre olhares que sustentam no ar tórrido toda a narrativa; qual pornografia sem mácula, mas plena de pecado. A lua cheia transborda e dá luz à ausência de sanidade que percorre no corpo. Tudo parece possível, uma corrente de liberdade atravessa-nos com o sabor do quente esmagado. E, mesmo assim, pulsa algo mais intenso. Mais derradeiro. Mais dominador. Mais perverso que o toque dos dedos. Mais agressivo que a temperatura irrespirável. O freio da impossibilidade.  A intuição luta com o medo e na arena o medo mesmo que picado tem sempre muita força. O medo acossa-nos.