Ele é gentil.
Tem um olhar meigo
que se adivinha por debaixo do ar sonhador, distraído como se as respostas e as
linhas estivessem sempre no céu azul.
Como se todo um filme de argumento
delicado, fotografia suave, banda sonora que desinquieta e amores felizes se
desenrolasse na sua cabeça à medida que caminha por Lisboa. E a mochila às costas
só pesasse do livro e dos cadernos rabiscados com histórias e não com dúvidas e
receios que o faziam retardar o passo.
Ele é tímido, quase
frágil. Uma doçura acariciava os demais quando observa. Vê beleza com uma
claridade qual sábado de inverno que se levanta sobre a cidade com a sua luz
única.
Há paixão inflamada sob aquela calma, como jazz que arrepia, que
perturba, que faz gemer. Ele é uma surpresa
doce.
Comentários