Somos indestructíveis. Não somos, na verdade, mas temos que nos imaginar assim - indefectíveis, resistentes, capazes de desferir o ultimo golpe, sorrir no momento da vitória, alimentarmos a nossa coragem de determinação intrínseca. Crer que temos em nós os trunfos, seguir os instintos, ir a jogo, correr riscos, seguir em frente quando levamos a pancada seca da desilusão, de mais uma entrada dura do adversário que não esperávamos.
Não ceder ao peso do infortúnio, da intempérie emocional de todas duvidas que nos assolam. As respostas não chegam fácil só porque ganhamos mais quilômetros de vida. Só a dureza de quem sabe que vai ganhar, no meio do remoinho, nos salva e nos confere um sorriso único.
Somos nós com todo desgaste, sem esperar redenção, à mercê da nossa curiosidade, paixão e vontade de ser mais. Somos temidos pelos outros porque sabemos que há em nós a dose certa de insanidade e fome que nos obriga a almejar. A cada dia com gratidão pelo que temos para nos deixar ir adiante e pela voraz vontade de sair da normalidade, recusando-nos a sentir sem luz ou brilho, em vão.
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