Às vezes precisamos de fugir.
De pegar no que nos
atormenta, atirar para o cesto da roupa suja, pegar num saco e correr leve,
vazio de expectativas e cantos seguros, em direcção a outro lado do mundo.
Buscar isolamento no meio de tantos, silencio por entre gargalhadas mas um
silêncio nosso, no qual tudo o que nos retira o ar é abafado.
Escapar sem complexos, libertar a carga, descansar os
ombros do peso e, literalmente, não fazer nada para além de sentir que nos
querem, que encaixamos, que não é necessário um esforço doloroso e que todos os
palavrões são bem-vindos.
Comentários