Há dias em que uma pessoa, cheia de boa vontade, põe o pézinho fora da cama, mentaliza-se que a bem da economia há que ir trabalhar porque senão passa-se a comer Farinha 33, e entra na casa de banho já semi desperta. Olha-se ao espelho e a vontade que dá é: ser um novo Forrest Gump! Correr, correr, correr e só parar quando já não se conhece ninguém, não se vê ninguém, nem nos vemos a nós próprios.
A partir daí, o dia vai ser doloroso.
Ou não.
"Provei" de um fantástico momento de vingança. Sim, sim, a vingança não é um sentimento "bonito". Pois, mas punham lá o couro a assar onde quase torriquei a moleirinha durante anos, sofram com a visão da maldade pura em estado real e depois não me venham dizer que pequenas vinganças não sabem a leite condensado saído directamente da lata. Não tenho problemas católicos. Fico mesmo contente com determinados males alheios. E, mais, feliz pela felicidade dos meus amigos.
Logo isso deu para animar. Em seguida, o trabalho correu bem dentro do género gosto do que estive a fazer e dei azo à minha veia organizativa.
E quando uma pessoa vai ao cinema à sessão das 19h10, dá para parar e pensar: "Porra, que qualidade de vida!". Ver um filme, a uma hora decente, sem confusão nem pessoas a atender o telemóvel e de mão dada com o moço. Melhor: o moço não amaldiçoou o filme em momento algum!
Já antes, deambulando no El Corte Inglés, elogiaram-me as pestanas longas e o olho azul. Fui maquilhada, para passar o tempo, ofereceram-me uma mascara para as pestanas preta e descobri um perfume que me deu volta à cabeça. Estas pequenas coisas sublimam a existência. Adoro descobrir coisas novas que gosto muito.
E, assim, amanhã logo se vê como se alinham os chakras. Hoje já passou!
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