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A Manif.

Em miúda, levaram-me à assistir a uma manif (pacifica) do 1º de Maio. Odiei.
Tantas pessoas juntas e palavras de ordem não são a minha praia. Ainda hoje não gosto de manifestações. Nem de circo.

Reconhecendo que a greve é um direito que nos assiste, e não pretendendo que a Revisão Constitucional do Kinder acabe com o direito à greve, confesso que não sou simpatizante com estes momentos. O meu lado de Esquerda, nestas temáticas, endireita-se.

Posto isto, acho a greve de dia 24 um bom atestado do porquê temos maus políticos: porque temos maus cidadãos. Como podemos exigir sentido de Estado e pensamento estratégico sobre o país aos governantes, quando os cidadãos são os primeiros a não fazerem puta ideia do que raio é isso. 

A manif, num momento em que o país precisa de mandar sinais de coesão para o exterior, é como a sempre patética ideia do cromo da bola que, depois de já ter levado com o cartão encarnado, refila até à exaustão com o árbitro, como se este lhe retirasse a amostragem da cartolina encarnada. 

Tudo o que nos está acontecer é lixado. Vai ser difícil, para a maioria, gravoso, infelizmente, para muitos. A situação é deplorável mas uma greve que paralisará o país, a uma sexta feira (curioso, dá para fazer fim de semana prolongado, para quem faça greve... que coincidência!), é solução?

Amigos, as medidas estão tomadas. Ou são estas, ou são piores, com o FMI instalado no nosso cantinho. 

Num quadro sócio-económico sensível, podíamos ver a oportunidade de arregaçar as mangas e combater o laxismo com a eficiência e o aumento da produtividade. Não ... fazemos greve. Sei que é frustrante, a mim também me afecta o bolso, e bem, mas deixo de ir trabalhar? Pelo contrario, há empenho redobrado.    

Já que o exemplo que vem da classe politica, governante ou não, é tão fraquinha, podia ser a sociedade civil a dar exemplo. E porque não? Ah, é verdade, vai tudo de greve.

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