Toda a minha vida trabalhei na identificação de pessoas que fossem qualificadas para desempenhar cargos de responsabilidade em empresas.
Parece fácil, certo? Lê-se o cv, conversa-se com umas pessoas com base num guião e deixa-se a experiência fazer o resto. Uma treta. As pessoas mentem, outras bloqueiam, outras exageram e vendem-se como se fossem o ultimo par de Louboutins a sair da oficina.
Às vezes, está-se cansado e não há paciência para as coisas que nos dizem. Mas temos que ser profissionais, ultrapassar as resistências e seleccionar os que técnica, pessoal e culturalmente encaixarão na função, entendem a sua missão no todo e se esforçarão por atingir os melhores resultados. Uma empresa só sobrevive com os melhores. Independentemente do cargo ou tarefa, têm que dar o melhor. É um conceito soviético mas é assim mesmo.
Quando passo no Parlamento, tenho a certeza que se fizesse o meu trabalho, 2/3 daquelas pessoas não teriam sido contratadas. Mas talvez com 11 anos de experiência profissional e uma licenciatura com forte vertente política, de facto talvez não seja uma pessoa competente para ajuizar.
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