Aninhada em insónias vívidas, sinto-te saudades. Do nada, da semi-escuridão para onde te atirei, da voz acelerada quando falavas a nervos sobre os insignificantes do dia a dia mas que eram uma ponte que abanava entre nós. Partilha, vontade de partilha, medo da partilha, e ausência.
Sinto-te saudades dos silêncios reflexivos, como se eu
não existisse, quebrados por banalidades que de repente eram tão importantes.
Sinto-te saudades entregue no meu colo, com receio meu de te acordar à mais suave
das carícias e controlando a força dos meus impulsos para te proteger das
agruras, do cansaço; da incapacidade de sentires que há um mundo de afectos,
consistentes e a diário mais fortes, que te ampara.
Sinto-te saudades, algo tão
intenso como maduro, assustador e seguro.
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