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Mensagens

A mostrar mensagens de fevereiro, 2011

2 Cigarros

O cigarro estava no fim. Ardia devagar, sem conhecer a pressa do ardor dela, a antítese pura apesar de que a  cinza que ia ficando esquecida no cinzeiro não fosse mais do que fragmentos da sua alma. Mais um travo e aquele outro cigarro tería o seu fim sem que isso importasse pois o maço estava ainda a meio e mais um café vinha a caminho. Chovia. Não se iría esquecer do som das gotas que caíam no pavimento. Tudo o resto estava abafado pelo barulho incessante e imperceptível da chuva. Porém, para ela era audível dado que para o que sobrava estava como que surda. Pessoas, passos, conversas, tudo se movia na ausência de realidade, na sua ausência de atenção. Ele entrou de rompante. Imponente. Os olhares desviaram-se para ele, tocaram-no sem que ele se importasse. Percebia, mas não lhe interessava. Vinha atrasado. Tornara-se num hábito. Sentou-se junto dela sem a conseguir despertar do sonambulismo em que ela militava. Dois novos cigarros acenderam-se de imediato sem se cruzarem e em mu

The Red Carpet Show

Foi mau. Depois de ver a Amy Adams com um vestido azul cheio de glitter de decote subido e um fio de diamantes e esmeraldas por cima, tipo a miúda que vai à caça num casamento de provincia , ía cortando os pulsos.  E se o tapete é encarnado, o fashion statement do encarnado em tantos vestidos deu-me arrepios. Adoro o meu Benfica, mas o encarnado em roupa só para camisolas ou cardigans ou bikinis (e mesmo assim, moderadamente). Assim, apenas vou postar os que realmente gostei. Vale o que vale. Givenchy Couture: lavanda e amarelo. A mulher é linda e apesar da palidez o modelito fica a matar. Amo o cabelo. Gostei muito do tom beringela. Simples, elegante, classy ,  e sem necessidade de expôr a gravidez como se fosse um troféu que é um estilo muito rasca. E a mulher é linda, também! O vestido é da casa que a vestiu no Black Swan - Rodarte.  A desgraçada não costuma acertar em nada. E com este tom de pele desmaiado  (não se percebe, têm casas na Califórnia mas parecem

Ao Domingo custa mais ...

Ao Domingo custa mais.  É quando mais apetece ficar na cama, deixar o sono escapar-se devagar, sentir a companhia do lençol no rosto e permitir que a almofada seja o centro do mundo. Por onde nós passamos em sonhos. Só em sonhos. E em cada Domingo, ao acordar e espreguiçar as esperanças, a cama está vazia e os lençóis brancos cobrem a tua ausência de modo discreto para que eu não dê por ela. Nos últimos tempos arrepio-me ao pensar que, num qualquer futuro, vou pensar como teria sido. Irei guardar sempre em mim as duvidas do que nos poderia ter acontecido. Hei-de acordar em outras manhãs de Domingo e o meu primeiro pensamento, mal abra os olhos será: "nunca estive com ele numa manhã assim."  Acordarei com outros ao meu lado, alguém que me faça ter vontade de ficar na cama nessas outras manhãs e, mesmo assim, em alguns domingos vou ter saudades desses abraços com que nunca me aqueceste, das gargalhadas que podíamos ter partilhado enquanto tomássemos o pequeno al

Missin' you like crazy

C om o olhar doce com que insistes em pousar esse quente no meu rosto, fazes-me ter vontade de te dar o mundo e as aventuras que o fazem girar, o colorido das manhãs nascidas sobre o mar, o som que sai dos rádios e me aproximam de ti. C om o gesto meigo com que me puxas para os teus braços, sinto o solavanco emocional de te ter por perto e tremo como insana pelo prazer que me dás ao mexer no meu cabelo, que corre solto na nudez do teu peito, enquanto baixas as mãos pela brancura das minhas costas. C om o sabor teu que me deixas nos lábios, recordo o vento de arrepiar dolente de outras noites em que histórias ditámos para os lençóis que nos tapavam e nos aproximavam do mesmo sonho, tu guiando o caminho vencido pelo cansaço, eu acompanhando para me manter perto de ti mais tempo. C om a gargalhada que te caracteriza enches o espaço em que parece que mais ninguém existe, anulados pela força que nos atrai, como se os tivesse apagado para te desfrutar devagar, nos momentos que são parcos

comer na cidade

Se pudesse nunca comia. Só a proximidade de alimentos faz-me engordar. Num mundo perfeito, tomavam-se uns comprimidos com todas as coisas saudáveis que o nosso organismo necessita, sem sabor horrível,  saciando a fome, e não trazendo mal ao corpo. Enquanto esse dia não chega, 3 (muito boas) sugestões para repasto. Sugestão I: Fui lá com o moço há um mês e adorei.  Ajuda gostar do estilo de comida.  Aqui é mesmo à séria, não é tanto versão fast - food .  As pessoas são hiper - mega amáveis e come-se mesmo bem.  O dono é um nepalês que vive em Portugal há uns anos e tem um nome italiano (dado que começou por ter um restaurante italiano). http://www. casanepalesa . pt / Sugestão II: Depois de uma uma fama reputadissima , do original em Matosinhos, abriu na Barata Salgueiro a versão alfacinha. Uma amiga levou-me lá a jantar como presente de aniversário. Não só o Ricardo Trêpa é muito simpático (e giro) - e bastava isso para dar 5 estrelas ao restaurante -, vá, com

O Labo B do "Happy Ever After"

Começa com um frio no estômago.  Um desejo voraz de cama, beijos, trocam-se fotografias de infância. Há o estimulo da mão com mão em ondas de carinho, o arrasar sensações nos corpos à descoberta. A confiança, a felicidade de estar certo que é "aquela" pessoa. Vê-la chegar e entrar em frenesim. Imaginar, em fins de tarde de setembro, quando o frio já aperta, que se vai envelhecer lado a lado, com chá e manta nos joelhos.  A magia dá lugar à maturidade dessa cumplicidade sem preço. Dos olhares prolongados cheios de significado que não precisam de palavras. O conhecimento mutuo torna-nos mais consistentes. Realizados.  Já não precisamos de procurar, brincar à sedução e ao engate. Encontrámos o porto de abrigo. E como se fosse apenas um simples instante, tudo se degrada.  A pessoa que mais se ama é um estranho. Cria-se um muro cada vez mais alto, cada vez mais espesso.  De repente, aquele/a que é centro do nosso universo fora de nós, é alguém a quem não nos sentimos ligado

Voltando às manias e um Ferrari

Nas minhas manias sobreviveu uma não revelada: adorava viver num hotel. Sempre tive este fascínio à Beatriz Costa. Gosto de hotéis (como gosto de portas, sejam de rua, de casa, de casa de banho... fico especada sempre que vejo uma que me tira o fôlego!)... as camas, os lençóis esticados, as TVs que nunca têm ZON, os pequenos almoços, os recantos, as vistas.  Vivia bem num hotel, vivia! Pronto, admito.  Ora, isto encaixa no ambiente intimista e quase familiar que Sofia Coppola nos traz com o Chateau Marmont, a zona de conforto do desinteressado, do indiferente, do alienado, do dettached Johnny Marco (Stephen Dorff), actor que conta os minutos pelos cigarros que fuma. E nada mais.  Exilado naquele reduto confortável mas nada luxuoso, quase kitsch , do Chateau Marmont, só a chegada da aparentemente equilibrada mas triste (e esforçada) Cleo (Elle Fenning, brilhante) lhe dá um vislumbre que a sua vida é um dia vazio, aborrecido, sem significado, atrás do outro.  Quanto vale, na vida

Manias

(continuando o processo de auto-análise) Tenho a mania de: Só usar colheres de plástico. Não suporto a ideia de colheres de aço, prata ou ouro. Odiar cebola e brócolos. Posso levar meia hora a retirar pedacinhos de cebola visíveis antes de começar a comer. Ter pavor (pânico) de balões!. Não gostar de ser vista em publico. Já me basta a dolorosa exposição por motivos de trabalho. Evito socializar fora de casa. Preferir ir ao cinema e às compras sozinha. Considerar dormir um hobby. Ter tendência para dizer o que penso sem ser necessariamente diplomática. Ser fiel aos amigos mas também muito honesta com eles. Odiar calor. Que folclore  e campismo me provocam urticária. Dor de cabeça. A raiar a histeria. Zero paciência. Colocar perfume várias vezes ao dia. Para me sentir mais animada. Usar sempre relógio. Nao gostar de fazer anos. Ter pancada por revistas. Todas. Não suportar andar de fato. Não ter tolerância para pessoas que gostam de saber pouco ou mesmo nada. Que não

Bom, mas mesmo bom...

Qual prato gourmet, nouvelle cuisine ou chefes estrelados, qual quê .... Nada como estar em casa sozinha acompanhada de Cerelac para o jantar .... Esta invenção da bolacha maria é Top, Top como diria a Bookette.  Falta a minha vizinha jeová, que me compreende, para partilhar este repasto. 

a minha melhor amiga

É dura como aço. Directa, incisiva, esperta. Tem bom gosto.  Dificilmente acredita na humanidade. Claramente acha-se melhor que os outros. Na prática, em tanta coisa, é-o de facto.  Conhecemo-nos há 17 anos. Não há grandes chatices entre nós. É a única pessoa que fala comigo como se fosse minha mãe. Sem gritar. Magoa, vai directa às feridas com toda a força mas nunca discutimos. Eu só escuto. Porque apesar de ela ser mais nova do que eu, conhece-me mesmo muito bem, e consegue falar com autoridade moral que me faz abaixar as orelhas de uma maneira. Livra. Esforça-se muito para que eu esteja bem. Preocupa-se.  E eu preocupo-me com ela... Que se entusiasma e quando dá conta já está a navegar na via láctea, quando se dá por isso às 5 da tarde almoçou um iogurte e um maço de Marlboro ou dorme 3 horas por noite, dividindo-se entre 500 projectos e viagens tardias pró' Portugal profundo.  A minha melhor amiga tem um escritório novo, lindo de morrer. Esmaga. Apetece trabalhar

T.A. - Tristes Anónimos

Mandamentos Viver um dia de cada vez. Buscar o autoconhecimento: procurar os porquês de se estar metido num cubo cujas paredes apertam, todos dias, mais um pouco. Sorrir. Não reprimir emoções e não aguentar merdas de ninguém. Dormir, sempre que apetecer. Ir ao cabeleireiro.

Gays em estado de choque

Cristiano Ronaldo, aquele senhor com um estilo, digamos, único e cheio de sofisticação rasca que só ele, aparentemente pediu a bela da Irina em casamento. Já estou a imaginar o Mosteiro dos Jerónimos engalanado (sim, tem que ser o Mosteiro) e as fatiotas das manas e mamã Aveiro. Façam live wedding TV disto e alapo-me no sofá com pipocas a rir que nem louca. Portanto, mais um que tenta esconder o esqueleto no armário. Até ao dia!

Me & TV

Já fui uma viciada em TV. Admito, confesso sem pudores. Algures, ao longo do tempo, até telenovelas vi (vou ali fustigar-me, venho já!). Felizmente uma pessoa evolui (algumas) e o meu nível de trashy televisivo fica-se hoje pelo esporádico Keepin' Up w/ the Kardashians (que me faz rir) e pelo Tempo Extra do Rui Santos, "O" programa de Domingo à noite. Isto demonstra o que me desliguei da TV. Sendo algo (muito?) pedante de se dizer, graças a Sta Prada existe a Zon. Quase não vejo nada nos generalistas e racionalizo o meu tempo muito bem com aquilo que vejo no cabo. Sic Noticias à meia-noite, programas de viagens / hotéis / spas na TVI 24, o extinto London - Distrito Criminal no AXN, Ossos , reposições do Poirot na TV Memória, Castle à sexta-feira (AXN, temporada 3). Baby TV se está cá o Vasco em casa, para o ter quietinho (tão lindo, quieto!). No entanto, e citando a minha Tatu adorada, estou Happy Happy com o regresso de uma sitcom que ninguém, repito, ningu

a catástrofe da autoanálise

Uma pessoa sábia, há umas semanas, recomendou-me que eu me auto-analisasse e percebesse a pessoa que sou. O que me torna única. E daí pensar no futuro. Pois, a minha grande proclamação de auto-análise é que eu cheguei ao ponto de não ter desfeito ainda a árvore de Natal. Isto sou eu no século XXI. Desinteressada, cansada, sem energia e com o substrato de calanzice elevado ao máximo. Acomodei-me à companhia das luzinhas. Como me acomodei a tanta coisa. Esta coisa da auto-análise provou que sou única. Um único zero à esquerda. Se vivesse nos EUA estava a meio caminho andado do trailler park  de pijama todo dia a ler e a mandar vir as compras pelo Continente online lá do sitio. Única, uma merda!

Coisas simples da vida

Dior   Chiffre Rouge  Ultra Lavande Lancome SS 2011 Collection - Gloss  Beige Ballerine Clinique Chubby Stick Moisturizing Lip M.A.C Cosmetics Eye Shadow Beautiful Iris

Vamos à MD?

Quase não consigo comprar lá nada dada a escassez de tamanhos (devia pôr um processo ao Sr. Ortega para ele ajudar a pagar a terapia, porque sempre que saio de uma MD ou de uma Zara apetece-me ir ali dar um salto da 25 de Abril e mergulhar um bocadinho no Tejo) mas infelizmente gosto muito. Há uma espécie de íman que me atrai para as lojas, vá-se lá saber porquê quando me limito aos acessórios mas pronto! Mas eis 2 boas razões para visitar a MD (recomendo Chiado, Av. António Augusto Aguiar e Av. Liberdade onde os colaboradores são mesmo mtº simpáticos) Lindas, lindas Não descobri a etiqueta com preço