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"Frankly, my dear, I don't give a damn!"



Quando estou mesmo muito triste, para lá do arrasada, do atropelada por um TIR, quando não tenho esperanças em nada ou ninguém, e duvido se a minha existência tem algum predicado significativo ...

Quando nem chocolate me acalma, a solução sempre foi: sofá e ver "E Tudo o Vento Levou". Já o vi pra' cima de 30 vezes, o que num filme de mais de 3 horas, é obra. Choro sempre. Que nem uma Madalena. Já li o livro (que é também assim meio pró páginas amarelas). Também chorei.

A Scarlett O' Hara será sempre a minha heroína. Por mais "bitchy" que fosse, mimada e obstinada, além de linda de morrer, a consciência de que se pode ser dona do seu destino, levando atrás quem quer que fosse, e usando toda a força de um olhar sedutor, sem voltar as costas aos problemas (adiando-os só para amanhã, que é algo que assimilei como modo de estar!), fazia (faz) daquela personagem um ícone da minha vida. 

E depois qualquer gaja gosta de um Rhett Butler. Seguro, confiante, gozão, elegante, apaixonadissimo, e rico. Nada falhava naquele homem. E tinha uma paciência.... 

Por me ter enamorado do filme aos 6 anos, achei que a minha vida podia ser um dia solarengo em Tara, eu que nem gosto de calor. Além de nunca conseguir andar a cavalo, não há espartilho que me vede e, no fim do dia, é lixado perceber que, pois, não, temos pena, mas é tudo uma grande merda

Hoje estou naqueles dias em que preciso de ver o filme. Faz-me falta um grande amor desencontrado com pronúncia do sul, um vestido verde de reposteiro e um "amanhã pensarei nisso!"

Escusado será dizer, que é o meu filme favorito de todos os tempos. E que só a musica do genérico me arrepia e me põe lágrima logo no canto do olho. O poder do cinema é este: filmes imortais.











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