O mais provável é que domingo vá tudo para a praia prolongando o verão do contentamento, como se fosse perfeitamente normal estarem 30º em Outubro, e a previsão ser de assim se manter todo o santo mês.
O mais provável, pois então, é que ninguém se lembre que o Buraco, aka, a Madeira, vai a eleições.
O mais provável, é que o Rei Momo vai ganhar. Com maioria (mais ampla ou menos dilatada, e é nesse ponto que jaz a grande questão).
E agora? Como fica o país? Pior, factualmente, e no imediato, não fica, é uma verdade.
Porém, em termos de credibilidade, como nos vamos olhar ao espelho?
Como vai o Governo Central sequer ousar desviar um cêntimo para o Buraco para tapar as vergonhas?
É que a maioria da população madeirense, mais que provável, vai validar quem deu cabo de milhões de euros, negou, mentiu, colocou as culpas noutros e seguiu airoso como se nada fosse, tudo no mesmo dia. Tão criminosos como AJJ. Não há hipótese de virem a Cuba buscar tostão. Primeiro, não há. Segundo, a lógica da solidariedade nacional não pode funcionar para servir pulhas. E aquela maioria são muitos pulhas, em quantidade e em qualidade de pulhice. Para eles, não pode haver dinheiro. Tão-somente, assim.
E como vai a Troika opinar sobre isto? Ora bem, nós traçámos um plano para estes gajos não irem ao charco, a meio do processo, com aperto daqui, aperto dali, temos uma surpresa vinda do maluco mal educado a quem nunca ninguém soube pôr na ordem, e ... não querem ver que o mega ladrão volta a ganhar? Ai é?! Pois então, em terra de gente pouco séria, e se ninguém se impõe, vai tudo a pão e água, porque não dá para confiar.
Não é de pensar assim? E na Alemanha? Como olharão para um país comunitário aflito mas que deixa esta bomba mal-cheirosa reinar como se não fosse nada com ele?
Um PR que não comenta (à luz da nova legislação laboral dá para despedir o Sr. Silva por incompetência óbvia?). Um Pedro Miguel que, enquanto lider do PSD atira a "batata quente" para o PSD Madeira, essa entidade obviamente cheia de poder de decisão, e que enquanto PM não percebe que a situação da Madeira, e os mais que putativos resultados eleitorais, ferem de morte a situação global do país e que se impunha que ele se deixasse de farófias e assumisse isto de uma vez por todas.
Como vai ser daqui em diante? Como vamos conviver com mais um mandato-lixo? Como, no global, vamos ser (duramente) afectados por esta opção "brilhante", mais que provável, dos madeirenses? Vamos continuar a aceitar? E que exemplo estamos a dar? E como podemos parar esta merda?
Comentários