Baixou a Beatriz Costa em mim. Há muitos anos. Não pela vontade férrea de ter uma franja a regra e esquadro.
Adorava morar num hotel. Sim, eu sei (nem tudo são recordações), não é uma opção ortodoxa mas não é incomum. E mesmo que fosse, tirar-me-ia o sono, certamente!
Ora bem, por onde começar.
Camas de hoteis. Se o estabelecimento for digno, são estupendas! Colchão a pedir que uma pessoa saia do banho, enrolada no roupão fofo e se aninhe, comfy comfy. E as almofadas? Ideais, as da Herdade do Espinheiro. Não obstante, a profusão de almofadas para uma pessoa se esparramar já é um plus.
Segunda grande vantagem: quarto arrumado e cama feita, diariamente. Há lá melhor sensação do que uma deitar numa cama com lençóis esticados!
Seguem-se quarto climatizado, gel de banho reposto, conhecer os porteiros e a equipa da recepção, o acesso à piscina (e outras comodidades) e os pequenos almoços, com a possibilidade de room-service. Que bem que sabe num dia chuvoso ou de muito frio!
Vejamos as desvantagens.
É uma solução impessoal. Com espaço limitado não se constrói um verdadeiro "ninho" mas nada que uma suite não pudesse resolver. Desta feita, torna-se assim ainda mais óbvia a questão do preço, quer do quarto como dos serviços (lavandaria, refeições). Ah, mas mesmo assim, é possivel contra argumentar. Em estadias de longo prazo as tarifas são negociadas à cabeça e revistas ao fim de algum tempo e com mais valias para o hóspede.
E a questão do espaço tem também um "catch": as visitas não se sentem cómodas por muito tempo.
Se não tivesse casa, não vivesse alapada na mansão do Moço, se não houvesse o Moço, e dada a minha natureza indoor e tendencialmente social-fóbica, pois que morava num hotel. Ah, e se tivesse tostão.
Não dá pra' me instalar, por exemplo, no renovado FAB Hotel Altis Castilho, apenas à base da ironia auto-depreciativa, de uma esporádica gargalhada genuina e do cartão de sócia do Glorioso. Certo?
Bem me parecia...
fotos via Hotel Altis Castilho
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