Se fosse um elemento, que fora vento para correr veloz,
fustigar as alamedas não lineares que me pautam sem as tentar acalmar.
Se fosse um animal, que fora cavalo, solto, selvagem,
dócil para alguns, indomável para todos os demais.
Se fosse uma cor, que fora de um azul exuberante,
profundo, indecifrável, intenso.
Se fosse objecto, que fora uma caneta sem limite de tinta
para que nenhuma palavra, nenhum pensamento, nenhuma dor, nenhuma alegria
ficassem perdidos sem repousar num papel.
Sendo eu, e apenas eu, velocidade, inquietação, fervor e
criação coexistem em caos, ora mais aceso ora mais em recluso, mas em mim, só
para mim, por mim.
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