Para onde vão as sentimentos que desaparecem? Para o mesmo sítio que as meias e os batons do cieiro e os isqueiros? Onde derivam elásticos de cabelo e tampas de tupperwares? Saberão os seus hóspedes como os apagam quando partem? Memória reset?
Paira sobre nós um céu falso com correntes de sentimentos que se perderam sem que alguém os tentasse raptar, para os quais não houve esforço de resgate, e esse peso esmaga-nos, castiga-nos. Nega-nos que sintamos.
Porque maltratamos os sentimentos que abandonamos. É uma punição em perpétua retroalimentação.
Por isso não percebemos, escapamos à ausência de matéria que nos faz falta.
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