Os tempos nunca batem certo.
Quando começas a correr a
maratona já se está a meio e não te deixam entrar. Já há um espaço em que os
outros estão com o seu ritmo e o seu estilo. Os seus medos. Os seus amores
passados que não passaram. As vidas que já se trazem plenas de história, de
mágoa, de magia, de arrebatamento, de ansiedade, de ausência de paixão.
Os outros que não abrandam
para correr ao nosso lado, nem aceleram para nos vir buscar.
Nunca estamos em consonância. Nunca estamos no mesmo
andamento. Nunca somos suficientes. Iluminamos a noite toda com a nossa força
mas nunca somos lua cheia.
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