Ás vezes, sinto-me a pregar para o deserto.
O blog é um cantinho meu que serve de diário, sketch book, caixinha de pandora, fórum para atirar umas piadas, escrever as minhas lágrimas.
É, pois, uma coisa minha que partilho com quem cá apareça. É a minha forma de comunicar com o mundo.
Mas estará o mundo interessado? Ou preparado, sequer, para tanto disparate, tristeza, deambulação emocional, sentido critico, dor e alegria?
Haverá mesmo quem queira saber? Ajudo alguém? Irrito muito? Faço a diferença?
Como em tantas outras coisas, sinto-me impotente e pouco escutada.
Não sei de onde vem esta vontade de "chegar" aos outros, mas sinto-a e pensei que o blog fosse uma forma de o conseguir, sem ter que me mostrar. Pelo menos, fisicamente que até dizem que é o que menos importa.
Li outro dia que "the failure is an event, not a person". E aquilo tem andado a martelar na moleirinha... Quando as pessoas falham sucessivamente, não passa a ser uma condição da pessoa? E mesmo que falhar seja um acontecimento, não gerará efeitos em cadeia que provocam a metamorfose da pessoa?
Alguém me ouve? Será que me tornei um evento?
Comentários
Mesmo que nem sempre concorde. Mas leio. És tu.
Nisto dos blogues há sempre uma certeza: Alguém, um ou muitos, irá ler o que está aqui escrito. Alguém, algures, irá fazer uma pesquisa e irá tropeçar neste blogue. E um contador de visitas também não mente, sendo um bom indicador de quem visite este espaço. No meu espaço, eu costumo ter uma média de 300 visitas diárias e zero de comentários. Sei que muitos passam por lá mas que nada querem dizer ao que escrevo. É pena, sobretudo em posts que dão muito gozo fazer e dos quais se espera que exista feedback.
Sim, já tive muitas vezes estas dúvidas aqui descritas e sim, respondo que alguém te ouve. Por isso, a sugestão é: continuar sem ligar à falta de comentários que possam haver
Falhar sucessivamente? Esquece lá isso!
Bjs