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Observações de quem anda na rua

Quem caminha por esta Lisboa com espírito de observador, e interage com a massa humana diversa, espanta-se:

1. Taxistas:
a) para quem se queixa tanto da falta de negócio, é incrível como NUNCA vejam um potencial cliente de braço esticado. A pessoa quase se atira para o meio da estrada e é arrastada pelos pneus, antes que um taxista nos veja. 

Se chove, é a chuva que não os deixa ver; se está bom tempo, é o sol que dificulta a visão; se está nevoeiro, esqueçamos, não há hipótese alguma. A verdade é que andam sempre a acelerar e vão a pensar na morte da bezerra, logo escapam-se-lhe os clientes. Também não é bom entrar num táxi destes:  nível de segurança do condutor estará no rating BB-.

b) alguém que avise os senhores "fogareiros" de que há mais rádios que a p*$& da Radio Amália. Arre, falta de paciência!!! Eu gosto de fado, gosto de Amália mas p'loamordasanta, há mais estações radiofónicas. É uma dor de cabeça.

c) Amiguitos, isto não é o Laos, nem a Índia. E nós não entramos num táxi para ter uma experiência radical ou com desejos suicidas. Seguir o código da estrada, às vezes, dava jeito.

d) É INADMISSÍVEL que não conheçam as ruas. Falta de profissionalismo! 


2) Grávidas
A Estée Lauder tinha a conhecida teoria de que em tempo de crise, aumentavam as vendas de batons. Privadas de outros gastos, as mulheres "vingavam-se" neste pequeno mimo.

Como os tempos mudam ... Em tempo de crise, falência total, o que não faltam em Portugal (Lisboa, vá) são grávidas. As lojas de puericultura devem estar em alta e os senhores dos seguros de saude a berrar que nem loucos com o prejuízo de tanta ida à CUF. 

É impressionante!!!! 

É preciso ter muita esperança no país. Ou sentido de Estado para gerar futuros contribuintes. Ou fazer subir a natalidade quando a territa caminha para o atol. Ou então, é escapar ao despedimento; ou perpetuar o subsidio de desemprego com uma baixa maternal pelo meio. É qualquer coisa, mas que elas andam aí, andam pois!

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