A história pode dar para rir, mas tem muita tristeza por trás. Ou quão inexplicável e mesquinha a raça "pessoa" pode ser.
Anos e anos depois de um casamento infeliz e de fachada, a T. deu-lhe uma travadinha de lucidez e contra tudo e contra todos, chocando a burguesia abastada e conservadora a norte, vá de um dia pegar nas 3 crianças, na empregada que tinha trazido no enxoval e rumar a uma das casas de fim-de-semana, sua por sinal. Fartinha até à raiz da moleirinha das desconsiderações, de ser tratada como se não valesse nada, de ser humilhada e mal tratada na auto-estima e no respeito, cansada das amantes à vista desarmada.
Apoio, zero. Valeram-lhe os amigos fora da zona de influência. Penou com as palavras dos pais que só não a leiloaram em hasta publica com uma placa a dizer "separada" e outra "inútil" porque morriam de vergonha que os vizinhos comentassem. Arranjou emprego, à base da cunha, claro está, porque ao fim de quase 12 anos sem trabalhar, era difícil, mas aguentou-se, sozinha, com os miúdos e a empregada.
O processo de divórcio está a decorrer. O "ex" vive, ás clarinhas, com outra e, mesmo assim, despeitado por achar que a "sua" ainda mulher tem namorado, arrasa-a por todo lado que passa.
E exige tudo e mais um par de botas. Desde o dinheiro que lhe dava para as despesas domésticas (assim um valor em grande, à Alberto João Jardim, de acordo com os cálculos do senhor) até... aos implantes! Ah, pois é! Ele quer as mamas de volta. Quer dizer, ou as ditas ou o dinheiro que custaram, ainda não se percebeu bem.
Se isto faz jurisprudência, tanta mulher de cromo de bola, tanta cônjuge de construtor ou de imperadores de stands de automóveis, que poderão vir a ser claramente esvaziadas de argumentos. Tenham cuidado, eles andem aí.
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