No Benfica, o Nuno Gomes que vestia verdadeiramente o Manto Sagrado, foi "empurrado" pra' fora sem glória, depois de anos de dedicação e de humilhação à boca dos adeptos. Mea culpa, também muito o amaldiçoei porque não marcava golos e andava pra' ali aparentemente perdido. A verdade é que ele fazia falta onde andava disperso e sofreu com a incapacidade de treinadores de jeito que o soubessem "ler" (credo, pareço um escriba da bola) e lhe dessem espaço de manobra para ele fazer o que fazia de melhor: assistências e organização de jogo. E, já agora, bons marcadores / pontas de lança que lhe terminassem a empreitada.
Quando finalmente tinhamos equipa e um treinador lutador, puseram-no no banco, à espera, á espera. Sempre que entrava, marcava. Mantorras, em bom, portanto.
Mesmo assim, não escapou a um tratamento enxovalhante. E olhem que sou perita nestas coisas de ser mal tratada pelas entidades patronais. Já cá cantam 2 medalhas de alvo da real filha da putice.
No extremo oposto (em tudo o que seja concepção de clube, do jogo, de futebol no geral, de comportamento, de atitude, de arrogância, de vida), no FCP o treinador revelação, a maravilha que superava a Coca Cola no deserto, um aristocrata (eximio na mais vulgar "arte" da cuspidela e coça tintins) que amava o clube, um adepto oriundo da claque que ensinou Robson a potenciar Domingos, aceita, de bom grado, abandonar o clube em troca das milionárias condições que o puseram a salivar.
Se fosse eu, iria? Londres fala mais alto, poder viver em Kensigton ou Belgravia, idem. Mas se isso fosse uma hipótese, dado o sucesso instantaneo que o Andrézinho colheu, não me teria deixado enredar nas juras de amor ao clube e àquela personagem que o dirige. Não daria esperanças aos adeptos. No final, o amor aos andrades era uma treta.
Não deixa de ser irónico que no seio dos andrades haja consternação e quasi quasi violência e no lado "bom"(bonito e perfumado da 2ª Circular) ninguém conteste comme il faut a saida do Capitão.
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