Eu não votei.
Consta que o PR ontem tentou convencer-me mas eu estava sonolenta e como não estou habituada a que ele fale (ou diga qualquer coisa de jeito) não lhe prestei puto de atenção. Só o farei quando ele explicar a cena das acções e da casa da coelheira. Até lá, nada feito!
Sim, faço parte desse grupo de pessoas más que alimentaram a abstenção. Apesar de não me preocupar muito com o que me possam chamar (isto de não ter auto estima associado ao "who cares?" é uma maravilha), em minha defesa asseguro que não fui à praia, que me informei antecipadamente de onde teria que votar e que, mesmo estando algo indisposta, foi opção e não desinteresse.
Não fui capaz em consciência dar o meu voto a pessoas em que não acredito, que defendiam politicas com as quais não concordava e a quem não reconheço nem capacidades reais, nem equipas com valor, nem credibilidade (o pior mesmo).
Se me vou queixar no futuro? Não, não posso.
Mas também não fui capaz de assinar a sentença de morte do pais ou, em alternativa, votar no "mal menor" ou no "voto útil". Não acredito em votar assim: neste momento do país, devíamos votar em pessoas convictas, decididas e de mãos na massa em dar a volta à coisa. Só me apareceram "gold diggers".
E não tenho vergonha nenhuma de assumir: ninguém se deu ao trabalho de me explicar como ou com que politicas se vai governar com as prescrições do Memorando. Ninguém se deu ao trabalho de falar "connosco" para lá dos gritos, insultos e queixinhas.
Nadal ganhou em Roland Garros. Ken de Massamá, o Africano Aprumadinho, também.
Os meus sinceros Parabéns ao primeiro.
Comentários