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Fragmentos de tristeza


imagem via http://divasanddreams.blogspot.com/





É uma pena que não possamos fazer reset total ao nosso cérebro. 


Apagar as más memórias. 


Da adolescência frustrada, de um patinho feio que tentava encontrar o seu lugar.


De uma vida universitária (com grandes festas, é certo), minada pelo complexo de inferioridade, por não saber as razões das amizades (seriam os apontamentos?), pelo coração verdadeiramente estilhaçado, pela primeira vez, por um gajo. E ele não deu conta. Quão invisível e pouco marcante se pode ser?


De anos e anos de mobbing no trabalho, até à anulação da auto-estima, ao desespero diário, a ansiedade, o medo. O ódio a queimar cá dentro. A raiva vibrante que pulsa e que tem que ser controlada, à força, mas com muita dificuldade. 


De nunca ter sentido adoração, mimo incondicional no amor.


De ser "crescida" e estar tão perdida como se tivesse 15 anos e ainda não tivesse encontrado o caminho, sem o espaço para erro como quando se tem 15 anos. 


E agora? 

Comentários

andreia disse…
Shake it Mónica! Lembro-me de ti no secundário como a mais esperta da turma, que fazia comentários oportunos e engraçados e que, apesar de tão esperta e boa aluna, ainda era tão generosa e segura de si que emprestava os apontamentos de bom grado. Apesar de termos "ondas" diferentes, nunca te vi como tu te descreveste! Para além disso, agora que és crescida, consegues ver que toda a gente (mesmo os mais populares da turma e escola) tinham as suas inseguranças?!?! Eramos todos adolescentes...faz parte. Beijos darling!

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