Não queria que ela fosse. Como lhe dizer? Que a via a fazer a mala, colocando a roupa de forma desordenada, e já sentia saudades daquele caos de que ela deixava rasto?
Perdia-a, assim, de forma fácil, sem saber como puxá-la até si, arrebatá-la do modo intenso como ela encarava tudo na vida. Incapaz de fazê-la sentir que ali não havia ruido, apenas os seus gemidos; não existiam duvidas, pois estava seguro que a queria nos seus braços; que não pairavam inconstâncias dado que partilharia com ela os seus anseios e juntos se apaziguariam. Não queria que ela fosse mas faltava-lhe a força demolidora da desarmante genuinidade dela.
Nunca tinha tido coragem e era disso que ela fugia.
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