Ela despiu as dores e deixou-se estar no banho de imersão, perdida no jazz que ecoava.
No chão, atiradas sem cerimónias, as ausências, as constantes chegadas de quem parte logo sem ficar, a rebelião continuada contra o desencaixe e incompreensão, a falta de sentido de pertença.
Fechou os olhos e agarrou-se aos flashes dos acasos bons da sua vida para quebrar a insatisfação. E sentiu o contentamento de ser ela própria e deixar-se fluir assim, completa.
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