É quando acordo cedo e bebo o primeiro café da manhã, ainda o sol desperta, e já espero o dia que se aproxima, sentada na varanda, apenas com a companhia confortável da solidão.
É quando, de repente, no carro, numa loja, numa sala de espera, ouço aquela musica que enchia o quarto quando tudo desabava em caótica rebelião.
É quando as noites frescas começam já a pedir camisola e um abraço suave, no silencio de um sofá, com atenção presa a um livro e a ausência de caricias no cabelo.
É quando me lembro de ti. De nós. Do que eu era quando tu existias. De como tu vivias em mim. Do modo como entrelaçamos, em seu momento, as nossas mãos e a nossa calada cumplicidade.
É quando custa mais já nada ser real.
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