Por ti, dormi sob as estrelas na areia húmida numa noite fresca de praia, em total silêncio cortado pelas vagas.
Por ti, tatuei o corpo com pequenos tudos.
Por ti, saltei muros altos em fuga, com roupa toda trocada da pressa, e apanhados em alucinação.
Por ti, acordei cedo para te levar o pequeno almoço à cama e acabar enredada nos lençóis, de respiração esmagada.
Por ti, passei madrugada dentro sentada num parapeito, com calor de pleno verão colado a mim, de pernas a flutuar na longa conversa tórrida ao telemóvel.
Por ti, aventurei-me em túneis subterrâneos de New York em fuga a polícia.
Por ti, fiz strip perante os olhos sedentos de outros, os que te invejavam.
Por ti, perdi voos por causa do presente perfeito que faltava trazer-te.
Por ti, acelerei descompassada entre a trovoada e elefantes em soltura.
Realidade, ficção, o que interessa? Na verdade, foi tudo por mim que o fiz, alimentada pela tua existência em mim e na forma como te encanta a minha liberdade, excessos, como não tens medos de ser autêntica e intensa.
Por ti, que me aceitas, fiz tudo que me faz feliz contigo, ao meu lado.
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