A chuva embala, o frio pede um abraço lânguido e um chá quente. Uma admissão sussurrada ao ouvido, como se amanhã já não existisse. De saudade. De tontura gerada pela luxuria. De um gosto de estar contigo. Uma revelação rápida, envergonhada. Um snap que desaparece de imediato. A bipolaridade reinante: a imensa paixão pelo mar sem parar em dias de verão, a irremediável atração pelo outono, os dias com cheiro a castanhas, e enlaçados em ti. Estamos nós. Não há mantas que nos travem. Gosto de estar assim.
Mesmo que entre um aguaceiro e outro, tu saias, e prefiras deambular só sob a escuridão do descer da tarde.
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