Sem ti, nada muda. Os dias correm iguais. Vão-se sucedendo os eventos entre a expectativa, a harmonia, o esforço, e os desalentos.
Sem ti, o que se perde é uma teia de afectos e uma constante corrente de prazer, uma vontade de estar, de me perder, de não saber onde começas tu, onde acabam os meus murmúrios. De te dar a mão no escuro. De levitar em êxtase. De sorrir ao acordar.
Mesmo assim, nada muda, de facto, porque o sangue pulsa à mesma sob a pele quente, porque as pulsações aceleram quando estou no amparo de quem o oferece, porque o nariz queima enquanto sal e sol abençoam corpo, cabelo e alma.
Não estás, por opção, mas a derrota, a perda, a bancarrota emocional são a tua fragilidade e instável modo de viver.
E o sorriso ninguém mo tira.
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