Querias saber como era.
É sal devolvido ao corpo em cada entrada no mar.
É soltar-se a energia num sem parar de palavras e risos, seguido de um sussurro de nostalgia que se abate perante tudo o que falta, perante este vazio constante.
É paixão a exigir loucura em escalada, seguida de cansaço, a pedir silêncio e o conforto de um abraço.
É ser rainha para depois almejar a invisibilidade.
É dar-te tudo e, em simultâneo, temer entrar em território em bruto com as defesas em baixo. É querer viver o mundo com sofreguidão mas não querer sair dos lençóis que cobrem a pele em arrepio.
É desejar atirar-me com o mais potente e certeiro directo, ainda que me vá esquivando como se fora ballet. É querer-te com imensidão e tu não quereres saber nada disto.
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