Passas-me a mão pelas costas e sei que estás de partida. Deixas cair os dedos de modo meigo pelo meu cabelo e sei que não voltarás. Passas os lábios pelo pescoço sob murmúrios e já sei que é derradeiro.
Nunca estiveste, de facto, e por muito que me apertes contra ti com tanto fulgor sei que nada foi suficiente. E nada te fez ficar encostado a mim.
O meu abraço não foi nunca tão grande que te fizesse sentir em casa. Falha minha nesta incapacidade de ser espaço para dois.
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