Poderia querer-te.
Abandonar-me a uma longa espera para que me desvendasses. E percebesses que esta ânsia por mais se aplaca ante a tua presença. Que sou alimentada por uma energia inesgotável entrelaçada com insatisfação impaciente. Que se revigora quando me entrego à paixão que me despertas, que esgoto em beijos, gargalhadas e conversas; que entrego para viver-te com a mesma intensidade, desejando que te tranquilizes em total confiança. Que vivo com sede de curiosidade.
Mas quero ser um refugio longe das luzes, do ruido, da hostilidade; quero ser para ti tanto, dar-te uma imensidão de possibilidades de paz. E batalhas caídas na almofada com fervor.
Poderia desejar-te, poderia dar-te um caminho, sinuoso mas que se faz bem. Porém, faltas tu. Jogo de soma nula.
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