E no céu escreve-se o que não me disseste. Nesta profundidade quedam-se os silêncios de quem não acredita que se pode querer assim, simples, sintonia sem dor nem exigência, pelo puro prazer do outro tal como é, em encontro com as nossas próprias imperfeições. Afecto genuíno e natural, tão fácil mas tão incompreensível para quem prefere seguir na escassez.
E o seu céu nunca se ilumina assim. O meu, por oposição, está cheio de ocasos intensos, vibrantes e palavras que voam alto.
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