Os nossos pontos fracos estão nos afectos. Quanto mais próximos estamos de abraçar alguém com a imensidão que nos sustenta, mais duro é o desconforto de não fechar os braços e apenas assim ficar tudo bem. Maior a impotência, avassaladora a frustração por não conseguir ser o super-herói que traz sob a capa as artes calmas da partilha de carinho.
É um querer que precisa de resposta e isso despedaça-nos o interior. O tempo passa, este descompasso prolonga-se, corrói e nada muda. A vulnerabilidade, por mais bela que seja, é uma agrura. Pode ser letal.
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